quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Robinson Faria mantém voto em Dilma

O deputado estadual e vice-governador eleito Robinson Faria (PMN) decidiu manter seu apoio à candidatura da presidenciável Dilma Rousseff (PT), no segundo turno da eleição nacional. Em entrevista a uma emissora de TV local, ontem, o deputado disse que vai comunicar sua decisão à governadora eleita Rosalba Ciarlini (DEM). "Meu voto desde o primeiro turno é de Dilma Rousseff. Não foi feito nada às escondidas. Então não tenho razões para mudar", declarou.


Segundo o parlamentar, ele não havia externado ainda sua posição do segundo turno em respeito a Rosalba, que retornou de viagem ontem. Ele informou que ainda vai conversar com a democrata para definir como será seu envolvimento na campanha petista. "Rosalba soube da minha posição política desde o primeiro momento. Não será nenhuma surpresa", reforçou.

Robinson Faria declarou apoio à candidatura de Dilma ainda na fase de pré-campanha, quando pleiteava ser candidato a governador pelo sistema da ex-governadora Wilma deFaria (PSB). Ele se comprometeu, em reunião com a executiva estadual do PT, a trabalhar pela eleição da presidenciável. "Tomei essa decisão por uma questão de coerência", argumentou.

Sem conseguir viabilizar sua candidatura ao governo e rompido com o sistema de Wilma de Faria, Robinson aceitou o convite para ser vice da então pré-candidata ao governo Rosalba Ciarlini, que apoia o candidato José Serra (PSDB). No entanto, continuou com Dilma. Em nível nacional, o PMN formalizou aliança com o tucano, o que não fez Robinson mudar de ideia.

Dos aliados da campanha estadual, Robinson só vai caminhar junto com o senador Garibaldi Filho (PMDB), que também apoia a candidata do PT. A identificação de Robinson Faria com Lula é antiga. Desde a época em que era filiado ao extinto PFL, hoje Democratas, o deputado já votava no presidente. Votando em Dilma, Robinson disse estar sendo coerente com tudo o que sempre pregou.

Matéria publicada no Diário de Natal:

Prefeituras estão sem caixa para pagar salário de outubro e 13º

A situação financeira dos municípios do Rio Grande do Norte é crítica. Apesar de o Brasil bater recordes de arrecadação a cada mês, as prefeituras continuam em crise. O presidente da Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (Femurn), Benes Leocádio, informou ontem, em entrevista ao Diário de Natal, que os prefeitos ainda não sabem como vão pagar a folha salarial dos funcionários efetivos nos meses restantes do ano e o 13º salário.

Segundo o presidente da Femurn, a parcela do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) recebida pelas prefeituras ontem é 20% menor do que o valor repassado no mesmo período do ano passado. Benes Leocádio atribuiu essa situação à inércia do governo federal em relação ao problema. "O governo arrecada cada vez mais dinheiro em impostos que não são divididos com estados e municípios. Enquanto isso, os prefeitos não têm dinheiro nem para pagar suas contas", reclamou.

O FPM é distribuído de acordo com a população do município. Quanto menor a cidade, mais o prefeito depende desses recursos. No Estado, a maioria dos municípios tem sua arrecadação composta basicamente pelo FPM. O dinheiro repassado às cidades é oriundo do Imposto de Renda (IR) e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Com as medidas do governo para reduzir esses impostos, os recursos destinados às prefeituras diminuíram.

De acordo com Benes, que também é prefeito de Lajes, desde o início do ano passado, as dificuldades só aumentaram. Ele declarou que, devido à falta de recursos, não sabe ainda como vai pagar a folha de funcionários efetivos neste mês. "A situação é gravíssima. Tenho várias contas atrasadas. Não sei nem como vou pagar a folha desse mês, quanto mais o 13º salário. As prefeituras de Alexandria, Janduís, Carnaúba dos Dantas e Jardim de Angicos, entre outras, vivem situação semelhante ou pior", afirmou.

Hoje, às 10 horas, a Femurn reunirá, no Hotel Maine, em Natal, os prefeitos do RN para discutir a crise. Benes disse acreditar que a situação só seja resolvida após uma reforma tributária que inclua a arrecadação de outros impostos no FPM. A reivindicação urgente que os prefeitos cobram é a liberação de recursos federais para suprir a deficiência nos caixas municipais. "O presidente Lula prometeu ajudar e até agora não cumpriu. O governo calculou que o repasse aumentaria e diminuiu. Por isso, estamos passando por isso", concluiu.

Matéria publicada no Diário de Natal:

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Henrique próximo de aliança com Rosalba Ciarlini




A opinião pública nem bem absorveu o resultado das urnas do último domingo, e o presidente estadual do PMDB, deputado Henrique Eduardo Alves, já emite sinais de que não vai demorar muito para o partido migrar por completo para a base da governadora eleita Rosalba Ciarlini (DEM). Ele até domingo se colocava como um dos principais aliados do governador Iberê Ferreira de Souza (PSB), por coerência à base do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Apesar de ter alegado indefinição, pelo fato de ainda não ter se reunido no partido, Henrique afirmou, em entrevista ao Diário de Natal, que pretende trabalhar em parceria com a governadora eleita. "O PMDB vai definir sua postura depois. Mas Rosalba sabe que serei sempre um aliado na luta dos interesses do RN. Assim como fiz com a ex-governadora Wilma de Faria, que derrotou Garibaldi em 2006, farei com Rosalba, até pela aliança que ela possui com Garibaldi, agora", afirmou o parlamentar.

Já o senador Garibaldi Filho (PMDB) não quer saber de divisão no PMDB no Estado. Ele declarou, em entrevista a uma emissora de televisão local, que vai exigir uma posição única do partido. "Que seja governo ou oposição. Mas o partido precisa se unir em torno de um projeto. Não pode ficar do jeito que está", defendeu, deixando clara sua preferência pela aliança com o DEM.

A adesão ao governo de adversários de campanha não é novidade na trajetória política de Henrique, nem do PMDB. O deputado se aliou, neste ano, à prefeita de Natal Micarla de Sousa (PV) depois de ter apoiado sua adversária nas eleições 2008, deputada federal Fátima Bezerra.

No Congresso, Henrique e o PMDB passaram a integrar a base do presidente Lula (PT) após a derrota do candidato apoiado pela legenda em 2002, José Serra. Em relação ao cenário estadual, o peemedebista deu sustentação a Wilma depois que Garibaldi foi derrotado por ela em 2006. Agora, a tendência é o partido fazer parte do governo do DEM.

Nas eleições deste ano, a adesão ao governo era tida como certa, independente de quem conquistasse o governo, tendo em vista que o PMDB seguiu dividido. A posição do PMDB local referente à gestão de Rosalba ainda está, pelo menos em tese, indefinida. Henrique disse que o partido ainda se reunirá para decidir se vai apoiar o governo, ficar na oposição ou deixar seus filiados livres para escolher que posição tomar, como ocorreu nas eleições 2010. No entanto, ele já adiantou que pretende ajudar à democrata.

Henrique disse que a decisão só será tomada após o segundo turno. Ele reforçou a importância da eleição de Dilma Rousseff (PT) para a sigla. "Temos que trabalhar agora pela eleição de Dilma e do vice Michel Temer. Isso é muito importante para o fortalecimento do partido. Em seguida, discutiremos a questão local", frisou.

Matéria publicada no Diário de Natal:

PMDB longe do consenso




Apesar de o senador Garibaldi Filho (PMDB) ter dito que não aceitará divisão do PMDB estadual no posicionamento que tomará referente à gestão da governadora eleita Rosalba Ciarlini (DEM), o partido está longe do consenso. Embora tenha conseguido a adesão do deputado federal Henrique Eduardo, presidente estadual do PMDB, à base da democrata, Garibaldi terá dificuldades para unir a bancada do partido na Assembleia Legislativa.

O deputado estadual Nélter Queiroz (PMDB) informou ao partido ontem, em reunião com Garibaldi e Henrique, que não vai aderir ao governo de Rosalba. "Farei oposição. Não há como ninguém mudar meu posicionamento. A possibilidade de adesão ao governo do DEM é nula", afirmou. Segundo Nélter, o deputado estadual eleito Gustavo Fernandes (PMDB) também compartilha da mesma posição.

Além de Nélter Queiroz e Gustavo Fernandes, o deputado estadual Poti Júnior (PMDB) e o vereador de Natal eleito para a Assembleia Legislativa Hermano Morais apoiaram a candidatura do governador Iberê Ferreira (PSB). No entanto, historicamente acompanham as decisões do partido. Caso os líderes do PMDB os oriente a fazer parte da bancada de sustentação de Rosalba, não deverão criar problemas.

Os deputados José Dias e Walter Alves, que completam a bancada do PMDB eleita para a AL, já votaram em Rosalba Ciarlini para o governo. Eles já anunciaram que vão compor a bancada governista. José Dias inclusive declarou, em entrevista ao Diário de Natal, que nem uma decisão partidária mudaria sua postura. "O partido me liberou para seguir meu caminho. Escolhi Rosalba. Eu vou apoiar seu governo, independente do posicionamento do PMDB", afirmou.

Segundo turno

A reunião entre Garibaldi Filho, Henrique Alves e os deputados estaduais do PMDB, ontem, em Natal, teve o objetivo de discutir estratégias para a campanha pela eleição da presidenciável Dilma Roussef (PT) no próximo dia 31. O partido planeja fazer mobilizações independentes do palanque petista, devido às críticas que o ex-vereador de Natal Hugo Manso fez a Garibaldi, durante a campanha.

Matéria publicada no Diário de Natal:

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Dr. Elísio Galvão sai fortalecido das eleições 2010

Apesar da derrota do governador Iberê Ferreira (PSB) no primeiro turno, o ex-prefeito de São João do Sabugi Elísio Galvão (DEM) saiu das eleições fortalecido e pronto para disputar a prefeitura da cidade nas eleições de 2012. Já o prefeito Aníbal Pereira (PMDB) teve sua liderança colocada em dúvida, devido à derrota dos seus candidatos majoritários no município.


Elísio Galvão conseguiu fazer Iberê Ferreira ser o candidato ao governo mais votado na cidade, mesmo seu grupo estando dividido entre a candidatura do governador e da governadora eleita Rosalba Ciarlini (DEM). Em contrapartida, o prefeito, que declarou apoio à democrata somente na reta final da campanha, teve que engolir a vitória do grupo oposicionista em sua terra.


Mais uma disputa travada entre Elísio e Aníbal foi em prol dos seus candidatos ao Senado. O prefeito disse a Garibaldi Filho (PMDB) que ele seria o mais votado na cidade. Porém, abertas as urnas, o senador José Agripino (DEM), apoiado por Elísio, teve 124 votos a mais do que o peemedebista. Os araras da cidade comemoraram o resultado.

Na proporcional, Elísio comemorou a vitória do deputado federal João Maia (PR) e do deputado estadual Vivaldo Costa (PR). Enquanto isso, Aníbal teve que se conformar somente com a vitória de Henrique Alves (PMDB) para a Câmara Federal, tendo em vista que seu candidato a deputado estadual Roberto Germano (PCdoB) foi derrotado nas urnas.


Com a resposta do povo à sua liderança nesta eleição e o compromisso de José Agripino com o fortalecimento do DEM no Rio Grande do Norte, Elísio decidiu enfrentar a disputa de 2012. A população de São João aguarda agora a instalação do gabinete de Roberto Germano no município. Comenta-se que ele poderá ser secretário de Aníbal, para assim cumprir a promessa que fez aos bacuraus sabugienses.

Número de visitas