sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Lula rebate críticas oposicionistas à Refinaria Clara Camarão

Apesar de ter demonstrado bom humor, ontem, em Guamaré, durante a assinatura da ordem de serviço para a implantação Refinaria Clara Camarão, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), aproveitou a visita para rebater as críticas dos adversários às ações do governo Federal. Lula comentou o discurso entoado pelo senador José Agripino Maia (DEM) e demais membros da oposição sobre a obra da Petrobrás no Rio Grande do Norte.

Os oposicionistas dizem que a Clara Camarão é um investimento de pequeno porte e representa um “consolo” para o Rio Grande do Norte, devido à perda da refinaria de maior expressão para Pernambuco. Agripino chegou a taxar, em alguns pronunciamentos, que a refinaria construída pela Petrobrás deveria ser chamada de “me engana que eu gosto”. Lula rebateu as críticas.

“Pouco importa o que os adversários meus e da governadora Wilma de Faria dizem sobre a Refinaria Clara Camarão. O papel dos adversários é fazer isso mesmo. Se não fizessem isso, não seriam adversários. Mas eles estão com um grande problema, vão ter que arranjar alguma coisa para discutir com a gente, pois fizemos em sete investimentos que eles não fizeram em mais de 20 anos”, declarou.

Lula ressaltou que a refinaria representará um salto de desenvolvimento para a economia do Rio Grande do Norte. Ele destacou a geração de emprego e renda e a auto-suficiência do Estado como principais conquistas a serem confirmadas com a implantação da refinaria. Além disso, ele lembrou das obras do seu governo no RN, com ênfase para os institutos federais de ensino e a ampliação da Universidade Federal do Semi-Árido (Ufersa).

O presidente não se restringiu ao Estado, em suas críticas à oposição. Lula chamou os adversários de “hipócritas” por terem atribuído a descoberta do Pré-sal à sorte do governo. “O Pré-sal foi descoberto por causa de investimento em pesquisa e tecnologia, o que eles poderiam ter feito e não fizeram. O biodiesel, por exemplo, eles poderiam ter transformado em combustível desde 1973, mas não fizeram por incompetência”, criticou.

Sobre os investimentos que os recursos do Pré-sal vão proporcionar, o chefe da nação adiantou que, a educação será priorizada como forma de valorizar a juventude brasileira. “Agora, todo mundo quer o dinheiro do Pré-sal. Mas é preciso ter calma. O governo tem prioridades para esse investimento. Nossa primeira prioridade será a educação, a segunda será fazer investimentos em ciência e tecnologia e em terceiro lugar vem cultura, esportes e saúde. Não podemos permitir que esse dinheiro vá para o ralo”, advertiu o presidente.

Lula ainda ironizou as análises feitas por economistas da oposição ao rumo econômico do país. “Eu acho lindo aqueles números, aquela falação toda. Os economistas da oposição sabem tudo, mas quando chegam ao governo esquecem. Eu não tenho diploma, mas tenho experiência de vida. O melhor jeito de fazer progredir a economia é dividindo as riquezas”, afirmou o petista, lembrando que a distribuição de renda aumenta o mercado consumidor.

Ao comentar a proximidade do término do seu mandato, o presidente Lula defendeu a alternância de poder no comando da nação. “Meu mandato está acabando muito rápido. A oposição acha demorado. Alguns perguntam porquê não prolongar o mandato por mais um ano. Mas isso não é certo. Começa com um, depois mais um e assim nasce um ditadorzinho”, afirmou, com um sorriso no final.

Durante o discurso, o presidente destacou ainda a preservação ambiental no Brasil como política pública com perspectiva de futuro. Ele também cobrou da governadora Wilma de Faria (PSB) a aceleração dos estudos ambientais para a perfuração de novos poços da Petrobras. “Vamos crescer, mas com responsabilidade ambiental, para que tenhamos uma melhor qualidade de vida”, finalizou.

Os ministros de Minas e Energia, Edison Lobão, e da Integração, Geddeal Viana; a governadora Wilma de Faria (PSB); o vice-governador Iberê Ferreira Souza (PSB); o presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielle; os deputados federais Henrique Eduardo Alves (PMDB), Sandra Rosado (PSB) e Fátima Bezerra (PT); e os deputados estaduais José Adécio (DEM) e Fernando Mineiro acompanharam o presidente Lula na visita à Refinaria Clara Camarão.

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