sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Por essa ninguém esperava: Petista potiguar elogia senadores democratas

Enquanto o Democratas (DEM) é tido pelos membros mais radicais do Partido dos Trabalhadores (PT) como uma legenda que representa o retrocesso, por fazer oposição ao governo Lula (PT), o petista potiguar Crispiniano Neto, presidente da Fundação José Augusto (FJA), aplaudiu de pé os senadores José Agripino Maia (DEM) e Rosalba Ciarlini (DEM), ontem, em Brasília, no plenário do Senado Federal.

Na ocasião, foi votado o projeto de regulamentação da profissão de Repentista. Cerca de 30 poetas populares acompanharam o evento. Entre eles, alguns norte-rio-grandenses, como Francisco de Assis e Crispiniano Neto. “Foi um ato de cidadania”, conceituou Crispiniano, elogiando a posição da senadora Rosalba Ciarlini pela defesa e prioridade dada ao projeto na pauta da CAS.

Entusiasmado com o que viu e participou no Senado, o presidente da FJA solicitou cópia da ata e gravação da reunião para o Museu Internacional de Literatura de Cordel e Repente, que será construído em Natal. “Esse momento precisa ser eternizado”, insistiu Crispiniano Neto, fazendo novas referências ao trabalho de Rosalba pela cultura e o apoio dos senadores Garibaldi Filho (PMDB) e José Agripino.

“Fui eu que puxei as palmas para Agripino. Critique quem quiser criticar”, declarou Crispiniano, considerando justo o reconhecimento do apoio dos democratas ao projeto que representa uma luta de quase três décadas.

O Projeto de Lei da Câmara (PLC-174/2009), que regulamenta o exercício da profissão de Repentista, foi aprovado ontem na Comissão de Assuntos Sociais. Serão beneficiados todos os profissionais que utilizam o improviso rimado como meio de expressão artística cantada, falada ou escrita, compondo de imediato ou recolhendo composições de origem anônima ou de tradição popular.

Assim, serão reconhecidos os cantadores e violeiros, poetas repentistas, emboladores e cantadores de coco, declamadores de causos da cultura popular e escritores da literatura de cordel. “A contribuição dessas atividades artísticas à cultura popular brasileira é inestimável”, exaltou a senadora Rosalba Ciarlini, que priorizou a votação do projeto que está no Congresso há 24 anos.

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