domingo, 25 de julho de 2010

Getúlio Rego minimiza influência de Lula nas eleições do Rio Grande do Norte

Ao avaliar a utilização exagerada da imagem do presidente Lula (PT) na campanha do governador Iberê Ferreira de Souza (PSB) à reeleição, o deputado estadual Getúlio Rego (DEM), defensor da candidatura da senadora Rosalba Ciarlini (DEM), minimizou a influência do líder nacional sobre o eleitorado potiguar. "O povo não é marionete nas mãos de Lula. O eleitor é independente", afirmou o parlamentar, em entrevista a este blogueiro, publicada na última sexta-feira (23), no jornal Correio da Tarde.

Getúlio Rego justificou sua afirmação lembrando que o eleitorado do Rio Grande do Norte já deu provas de que não segue a liderança do presidente. "As últimas eleições mostram isso. Em 2006, o candidato [ao Senado] que tirava foto ao lado de Lula era Fernando Bezerra, mas o povo elegeu Rosalba. Em 2008, a candidata a prefeita de Natal de Lula era Fátima, mas quem ganhou no primeiro turno foi Micarla. Então está dois a zero pra nós. Vamos eleger Rosalba para completar os três a zero", disse.

Questionado sobre o fato de a coligação "A Força da União" (DEM/PSDB/PMN/ PSL/ PTN/ PSC), que apoia a candidatura presidencial de José Serra (PSDB), esconder sua posição nacional, o deputado argumentou que as campanhas locais sempre foram desvinculadas do cenário nacional. "Lula é muito popular, mas como cabo eleitoral não manda na vontade do povo. Isso já foi comprovado", reforçou.

O democrata comentou também o início da campanha de Rosalba. Ele se mostrou empolgado com ao quadro favorável à senadora. No entanto, o deputado admitiu que teme o crescimento da candidatura de Iberê. Segundo ele, o governador já começou a usar a máquina para vencer a eleição. "A campanha está muito boa. Temos uma ótima perspectiva de retomarmos o poder no Estado. Mas é preciso ficar atento para o uso da máquina na eleição", advertiu.

De acordo com Getúlio Rego, a estrutura do Governo do Estado é usada como moeda de troca para a eleição do governador e demais candidatos da base aliada. "Nosso projeto é vencer a eleição no primeiro turno. Vamos enfrentar a forte influência da máquina. Mas acredito que Rosalba consegue superar tudo isso. Se não conseguirmos no primeiro, venceremos no segundo. O Estado não pode continuar como estar", declarou.

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