terça-feira, 13 de julho de 2010

Quem vai ficar de fora da Câmara Federal?

Mesmo com os holofotes da política estadual voltados para os candidatos ao governo, a disputa pela Câmara Federal já figura entre os assuntos mais comentados pelos analistas políticos. Para conquistar uma das oito vagas, cada candidato terá que se superar nesta eleição. Diferente de 2006, o resultado das eleições deste ano para deputado federal é imprevisível.


Três coligações disputam as cadeiras do Rio Grande do Norte na Câmara Federal com chances reais de eleger representantes. Ao todo, são 11 candidatos competitivos para oito vagas. No final, pelo menos três concorrentes fortes perderão a disputa. Cada coligação já traça sua estratégia para eleger o maior número de representantes possível.


A coligação "Vitória do Povo" (PSB/PT/PPS/PTB), que tem o governador Iberê Ferreira de Souza (PSB) como cabeça de chapa, pretende eleger três deputados federais. O grupo busca a reeleição das deputadas Fátima Bezerra (PT) e Sandra Rosado (PSB) junto com o deputado estadual Wober Júnior (PSS), que pretende trocar a Assembleia Legislativa (AL) pelo Congresso Nacional.


Fátima é a candidata do grupo que possui maior potencial eleitoral. Com grande representatividade na Grande Natal e o apoio dos prefeitos e lideranças do PT, a petista deverá ter mais de 100 mil votos. Sandra concentra sua força no Oeste. Apesar de sua liderança ser decadente, a deputada conseguiu se reeleger em 2006 devido à força da coligação. Wober é o candidato apontado como preferido de Iberê e promete surpreender na disputa.


A disputa mais acirrada é na coligação "A força da união" (DEM/PSDB/PMN/PTN/PSC), que tentará eleger a senadora Rosalba Ciarlini (DEM) para o governo do estado. O grupo possui quatro deputados federais. Para mantê-los, a coligação terá que atingir um número recorde de votos. Uma missão difícil. Para os analistas, alguém vai ficar de fora.


O grupo oposicionista traz como opções para reeleição os deputados federais Fábio Faria (PMN), Felipe Maia (DEM), Rogério Marinho (PSDB) e Betinho Rosado (DEM). Fábio e Felipe possuem bases consolidadas na capital e no interior. Dificilmente, perderão suas vagas. Já Rogério, que se elegeu em 2006 apoiado pela ex-aliada Wilma de Faria (PSB), e Betinho, que ficou na suplência na outra eleição, correm risco de ficar sem mandato.

A terceira força na corrida pela Câmara Federal vem da coligação "Por um RN melhor" (PR/PMDB/PV), que não possui candidatura ao governo. O grupo conta com o potencial eleitoral dos deputados federais João Maia (PR) e Henrique Alves (PMDB) para levar mais um nome à Brasília. A disputa pela possível tyerceira vaga da coligação será entre o ex-vereador de Natal Paulo Wagner (PV) e Rosy de Sousa, irmã da prefeita de Natal, Micarla de Sousa (PV).

O resultado mais provável é que, das três coligações, duas elejam três representantes e uma faça dois deputados. As coligações "Vitória do Povo" e "Por um RN melhor" deverão disputar a eleição do último nome nos votos da Sobra, enquanto "A força da União" tem grande possibilidade de perder um de seus representantes.

A coligação "Coragem para Mudar" (PDT/PCdoB), que defende a candidatura do ex-prefeito de Natal Carlos Eduardo (PDT) ao governo, não tem densidade eleitoral o suficiente para eleger um representante. Como destaque, está a candidatura do presidente estadual do PCdoB, Canindé França. A "aliança dos Nanicos" - que reúne PP, PSDC, PRB, PHS e PRTB - também provavelmente não conseguirá eleger representante.




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