Enquanto a campanha eleitoral deste ano ainda está "morna" nas ruas, a rivalidade entre os adversários nas disputas para o Governo e pelas duas vagas no Senado acirra os ânimos na internet. Partidários dos principais candidatos divulgam vídeos que mostram incoerência política e até escândalos de corrupção envolvendo adversários. A estratégia também deverá ser seguida pelos candidatos de partidos pequenos, durante a propaganda eleitoral gratuita no Rádio e na Televisão.
Os vídeos que deixam os candidatos em situação complicada estão todos disponíveis no site Youtube. Cabe aos partidários a divulgação das imagens. Eles utilizam as redes sociais, principalmente Orkut e Twitter, para atingir o objetivo final: fazer as gravações chegarem até os demais eleitores.
Na disputa entre os senadores, a "guerra dos vídeos" começa colocando em xeque a coerência dos candidatos. Defensores das candidaturas dos senadores José Agripino (DEM) e Garibaldi Filho (PMDB), que fazem dobradinha nesta eleição, divulgam imagens nas quais a ex-governadora Wilma de Faria (PSB), candidata a senadora, aparece elogiando o peemedebista, de quem foi aliada, quando era prefeita de Natal.
Agripinistas e garibaldistas também preparam imagens criticando a aliança firmada entre a ex-governadora e a deputada federal Fátima Bezerra (PT), adversárias ferrenhas do passado que se aliaram em 2006. No vídeo, aparece Fátima criticando Wilma. A petista diz que sua aliada é conservadora e critica as gestões realizadas pela pessebista à frente da Prefeitura de Natal. Na mesma produção audiovisual, os partidários dos senadores acrescentaram um depoimento de Wilma elogiando a deputada.
Os wilmistas não deixaram barato. Eles divulgam imagens que mostram a antiga rivalidade política entre Agripino e Garibaldi. São dois vídeos. O primeiro é a gravação de um comício das eleições de 1998, quando os dois disputaram o governo. "O presente que Garibaldi deu ao pobre foi o aumento na conta de luz, quando vendeu a Cosern", critica o democrata, na época candidato do PFL.
O outro vídeo divulgado na rede foi gravado após a eleição daquele ano, vencida pelo peemedebista no primeiro turno. Na imagem, José Agripino concede entrevista a uma emissora de televisão. Ele diz que seu então adversário tem "duas caras", e que, por tanto, não merece confiança. "Um dia Garibaldi diz uma coisa. No outro dia, diz outra. Eu nunca sei com qual Garibaldi eu estou falando", ataca o senador.
Garibaldi também é alvo dos militantes wilmistas. Contra o senador, eles divulgam imagens gravadas no programa eleitoral da ex-governadora em 2006, quando Wilma o derrotou na disputa pelo governo. O programa, que tem como título "Venda da Cosern. Muito dinheiro para pouca obra" sugere que os recursos obtidos com a privatização da empresa de energia, durante o primeiro governo Garibaldi, foram mal utilizados por ele, que governou no Estado de 1994 a 2002.
Na disputa pelo governo, os ataques também começaram. Defensores da candidatura da senadora Rosalba Ciarlini (DEM) divulgam áudio com gravação de uma suposta conversa do governador Iberê Ferreira de Souza (PSB) com Agripino, na qual eles tramariam comprar votos para a então candidata a prefeita de Natal Wilma de Faria. Naquela campanha, Iberê e Agripino trabalhavam pela eleição de Wilma, que perdeu a disputa contra Garibaldi. O escândalo ficou conhecido nacionalmente como "Rabo de Palha".
Já os partidários do governador optaram pela divulgação de um programa eleitoral do PCB que acusa a senadora Rosalba Ciarlini (DEM) de ter desviado verba que seria destinada à compra de ambulâncias, quando foi prefeita de Mossoró. Os militantes iberezistas ainda criticam, por meio de textos, a atuação da democrata no Senado.
Por enquanto não incomoda nas pesquisas de opinião, o ex-prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves (PDT), candidato ao governo, ainda não é citado nos "vídeos-bombas" divulgados até agora. Mas, informações extraoficiais dão conta que eleitores que não simpatizam com sua candidatura já preparam um relatório sobre o "escândalo dos medicamentos", episódio em que foi descoberto o desperdício de 10 toneladas de remédios oriundos de sua gestão.
http://www.correiodatarde.com.br/editorias/correio_politico-56363
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