O ex-senador Geraldo Melo, presidente estadual do PSDB até o final desse mês, pode anunciar sua saída da legenda amanhã, às 11 horas, em entrevista coletiva, na sede do partido. O principal motivo para a possível desvinculação de Geraldo é o descontentamento com o rompimento da agremiação com a base aliada da governadora Wilma de Faria, já anunciado pelo deputado federal Rogério Marinho (PSDB), que assume o comando da sigla a partir de outubro.
O PSDB, que apoiou Wilma de Faria no segundo turno das eleições de 2006, participa da administração estadual, com a indicação de cargos comissionados. Geraldo não pretende entregar os cargos que detém na administração estadual. Porém, sabe que essa é uma orientação da executiva nacional do partido, que pretende formar alianças estaduais com partidos de oposição aos aliados do presidente Lula (PT).
O mais provável rumo político de Geraldo será a filiação ao PPS, presidido no Estado pelo deputado estadual Wober Júnior. O partido está comprometido, em nível estadual, com o grupo político liderado por Wilma de Faria, embora tenha confirmado apoio incondicional à candidatura do PSDB à presidência da república.
As posições firmadas pelo PPS correspondem aos interesses de Geraldo com vistas às eleições de 2010.
Em entrevista ao CORREIO DA TARDE, nessa manhã, o secretário geral do PSDB, Chagas Lourenço, que é liderado de Geraldo, informou que a decisão do atual líder dos tucanos no Estado será tomada hoje, após conversar com seu grupo político e com representantes nacionais do partido. Lourenço disse que a hipótese de um grande grupo deixar o PSDB amanhã é considerável. Segundo ele, a decisão ainda não foi tomada.
Chagas Lourenço destacou que a postura de Rogério Martinho tem desagradado o grupo. “Participamos da campanha de Wilma, em 2006, e fazemos parte do governo. É injusto exigir que companheiros nossos saiam da administração por causa de um problema pessoal que Rogério Marinho tem com a governadora. Isso incomoda bastante”, afirmou.
Nossa equipe de reportagem entrou em contato com Rogério Marinho, que, de Brasília, disse, por telefone, que aguarda a coletiva que Geraldo dará amanhã para se pronunciar. O deputado confirmou que não tem uma relação próxima com o tucano. Ele disse que não ver Geraldo Melo há cerca de 20 dias. Perguntado se a relação dos dois não é “estranha” para companheiros de legenda, o deputado sorriu.
http://www.correiodatarde.com.br/editorias/correio_politico-47244
Nenhum comentário:
Postar um comentário