terça-feira, 8 de setembro de 2009

Levaram a cabeça de Robinson

Por Leonardo Sodré

jornalista

O vandalismo e a violência da Redinha não pouparam o cartaz do deputado Robinson Faria, pré-candidato ao governo do Estado e presidente da Assembleia Legislativa. A figura do deputado foi literalmente decapitada (veja a foto). A propaganda do parlamentar era sobre seu Projeto de Lei que autoriza troca de notas fiscais por cestas básicas.

Chama a atenção como os políticos têm feito propaganda neste ano não eleitoral. Diante de tanta propaganda e de tantas benesses dos governos federais e estaduais com vista à 2.010, o eleitor se pergunta por que essas pessoas não atacam os verdadeiros problemas de todas as cidades brasileiras: segurança, saúde e educação.

Entrando no mérito da segurança, pergunto aos políticos tão interessados em suas eleições: Por que não fazer um grande mutirão, uma ação ampla para melhorar a segurança dos cidadãos?

A violência em Natal está ficando crônica, virando uma verdadeira epidemia e está sendo tratada pelas autoridades do setor como algo corriqueiro, como se já fizesse parte do cotidiano de cada um. Arrancar a cabeça do cartaz do deputado deve ter exigido esforço porque ficava num local muito alto, mas o vândalo que fez isso terminou por mostrar que não quer iniciativas paliativas, embora pessoalmente reconheça que o projeto tem valor.

E os políticos precisam saber que irão conquistar votos de quem fizer algo concreto para o povo que não quer andar nas ruas com medo e tampouco transformar suas casas em verdadeiras prisões. Na prática o cidadão comum, que nem mais uma arma pode ter em casa, está acuado por bandidos armados. Uma guerra desigual porque o Estado não oferece segurança, policiamento e tampouco dispões de planos para tanto.

Outro dia, durante uma entrevista a Intertv Cabugi o comandante da Polícia Militar, comentando sobre o assalto sofrido por 15 fotógrafos na Pedra do Rosário, disse que em casos de visitas como aquela os cidadãos podem pedir uma escolta a Polícia Militar, que serão prontamente atendidos. É curioso o cidadão e ou o turista ter que pedir uma escolta policial para visitar lugares históricos da cidade. O comandante da Polícia reconheceu o estado de insegurança de Natal.

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