A deputada estadual Márcia Maia (PSB) avaliou, nessa manhã, as tendências que o seu partido poderá seguir nacionalmente em 2010. A peessebista admitiu que a legenda pode deixar a base do presidente Lula (PT), que apoiará a candidatura da ministra Dilma Roussef (PT), para lançar o nome do deputado federal Ciro Gomes (PSB) à presidência da república. Para Márcia, assim como o cenário local, o nacional está indefinido.
A parlamentar considera também a possibilidade de Ciro Gomes ser candidato a governador de São Paulo. Segundo a deputada, o PSB tem uma política de diálogo aberta com os partidos da base governista e irá conversar no intuito de formar alianças para só então decidir o rumo que tomará.
Márcia Maia considera legítimo o pleito do PSB de disputar a presidência da república, mesmo sabendo que isso significaria o rompimento com os partidos aliados de Lula. No entanto, ela não considera a candidatura do seu companheiro de partido irreversível.
O impasse entre PSB e PT em nível nacional é em relação ao governo de São Paulo. O presidente Lula se posicionou favorável ao lançamento da candidatura de Ciro Gomes ao governo paulistano, mas os petistas não abrem mão de disputar o cargo. Caso o PT decida pelo apoio à candidatura do peessebista a governador, a união do PSB com o PT estará consolidada em nível nacional.
Porém, se o partido de Lula continuar resistindo em apoiar o nome de Ciro em São Paulo, a tendência da legenda é romper com a base governista e lançar o nome do deputado para presidente, contra a candidatura do Planalto. O possível rompimento entre PSB e PT terá consequências em pelo menos três Estados, onde as legendas são aliadas: Rio Grande do Norte, Ceará e Pernambuco.
No RN, a governadora Wilma de Faria (PSB) é a líder da base de Lula, tendo proximidade de cerca de 30 anos com o presidente, e pode ficar de fora do palanque do PT, que só firmará aliança com os partidos que estiverem comprometidos com a candidatura de Dilma Roussef.
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