quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Para Mineiro, apoio do PT a sarney é justicável "em prol governabilidade do país"

Questionado, nessa manhã, pelo CORREIO DA TARDE, sobre a blindagem do Governo Federal ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB), o deputado estadual Fernando Mineiro (PT) disse que o posicionamento do partido, em nível nacional, favorável ao peemedebista, mesmo depois das denúncias de corrupção, é justificável pela necessidade de ter maioria para aprovar projetos na Casa Legislativa. “Temos que fazer cada coisa em prol da governabilidade”, lamentou o deputado.

Mineiro argumenta que “como o PT não tem maioria parlamentar, é obrigado a formar alianças com várias outras legendas que pensam bem diferentes da gente”. O deputado também indaga o pedido de afastamento do presidente do Senado entoado pela oposição, que, lembra ele, foi responsável pela eleição de Sarney para a presidência da Casa.

O petista questiona o respaldo de PSDB e DEM, partidos que se opõem ao governo Lula, para condenar a proteção do PT ao presidente do Senado. “O José Sarney de hoje é o mesmo de antes, quando esteve aliado a eles. Ele é muito conhecido do DEM e do senador José Agripino. Na disputa pelo comando da Casa, nosso candidato era Tião Viana e eles elegeram o Sarney”, lembrou o petista.

Eleições 2010

O parlamentar também avaliou a possibilidade de haver o lançamento de múltiplas candidaturas da base do presidente Lula (PT) para a presidência da república, em 2010. Além da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef (PT), que será candidata com o apoio do governo, o deputado federal Ciro Gomes (PSB) e a senadora Marina Silva, que deixou o PT ontem para concorrer à presidência pelo PV, são pré-candidatos ao cargo.

Mineiro considera legítimo o lançamento de candidaturas por outros partidos, mas avalia que, caso seja confirmada a candidatura do peessebista, haverá interferência no cenário local de pelo menos três Estados: Rio Grande do Norte, Pernambuco e Ceará – onde PSB e PT são aliados. Podendo também ter peso nas articulações na Paraíba, onde as legendas caminham para um entendimento.

“Se o PSB lançar candidatura (à presidência), é preciso que haja um diálogo nesses três Estados para saber qual é o reflexo que esse novo cenário terá na política local. Nós do PT vamos articular alianças estaduais com os partidos que estiverem comprometidos com a candidatura presidencial de Dilma Roussef”, declarou o deputado.

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